sábado, 16 de maio de 2009

Eu vejo o mesmo que você...

“Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.”
Quase, Luiz Fernando Veríssimo

Olá pessoas!

Wow! Muito obrigada a todos que leram e comentaram! Fiquei muito feliz de saber que eu ainda tenho esperança no mundo das letras! Espero conseguir manter a qualidade neste segundo post, hahahaha! =)
Hoje tenho um agradecimento especial ao Lui, que me ajudou a dar a cara nova deste blog! (Como vocês podem reparar, o título não está mais torto!!!)
Além disso, o Lui é um tipo de modelo para mim neste mundo artístico. Espero que você não se importe por eu iniciar o post com uma frase, como você, Lui!
Bem, algumas pessoas sabem que eu pretendo atualizar esse blog quinzenalmente... Ou seja, passei do limite!!! Tenho que aprender a não deixar as coisas para a última hora!!!
Muito disso deve-se pela difícil escolha da música... Muitas foram escolhidas e “rejeitadas” posteriormente... Algumas me seduziram, mas não mais do que uma noite... Outras me encantaram, mas não mais o suficiente para escrever... É difícil escolher uma sucessora pra “Suteki da ne”!!!
Desta vez do rock nacional, uma música de Legião Urbana escolhida “Quase sem querer”. =)

PS: Se puderem, procurem a lenda de Ísis e Osíris. É uma história de amor que vale a pena se conhecer. =)
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Dream attempts

Olhar fixo. Relógio. O que fazer? A vida segue caminhos diversos, às vezes sabemos aonde vamos, às vezes caminhamos ao acaso, às vezes a rota é clara e óbvia, outras, misteriosa e sombria.
A pior parte em escolher um caminho é exatamente esta. Escolhas. Quando decidimos, quando dizemos “sim” para algo, ao mesmo tempo, dizemos “não”. “Não” a todas as outras oportunidades. “Não” ao brinquedo deixado de lado. “Não” a camiseta colorida. “Não” aos amigos que poderíamos ter. “Não” a outro possível amor da sua vida. É por isso que uma decisão tem tanto peso. Ela define nosso futuro, efeito borboleta. Mas o medo de errar, o medo de perder e se machucar não pode nos impedir de tentar. Não podemos deixar chances passarem por nós, escaparem pelos dedos.
É difícil não ter medo, não se importar em saber o porquê, o como e o quando. É difícil aceitar que fizemos uma escolha errada, fomos para a direção errada. Mais difícil ainda é voltar atrás e recomeçar. Entretanto, é necessário, apesar de doloroso; não precisamos provar ser perfeitos, precisamos ser maduros e sábios o suficiente para aprender com os erros.
Meu maior erro foi mentir para mim mesma...
De nada adianta negar o que somos. Somos e ponto final. Podemos ter mil faces, mil pedaços... E mesmo esperando pela Ísis que nos junte, ainda somos. “A felicidade consiste não em sermos amados pelo que somos, mas apesar do que somos”. E se apesar dos erros, apesar dos defeitos, apesar dos contratempos, se houver alguém que nos esperou até o final... Ah, valeu a pena tentar...

E se você cair e chorar, eu vou estar do seu lado te apoiando. É assim que eu vejo que deve ser o mundo. E se o ‘para sempre’ sempre acaba, também nunca devemos dizer ‘jamais’.

5 comentários:

  1. Hey, Satie!

    Mais uma vez um post extremamente interessante e reflexivo! E sim, você tem muito futuro no caminho das letras! Na minha bola de cristal, vejo você uma pessoa tipo Rubem Alves: Médica, escritora, psicóloga, filósofa e cientista nuclear com ênfase em pudins atômicos!

    Espero que ainda que venham textos ainda mais motivadores e prontos pra deixar nosso espírito renovado pra encarar essa vida louca!

    Abraços,

    Gui

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  2. Oooooooooooooi Sachi-chan querida!

    Nossa, eu chequei seu blog quase que uma vez a cada dois dias para ver se tinha post novo, hahaha! Teve dias que chequei consecutivamente! Deve ser esse excesso de tempo na frente do PC VS falta de tempo longe dele. Mas, fazer o que, né!

    Muito muito obrigado pela menção no começo do post! É raro alguém mencionar algo risório como o Tio Lui. Por isso, é sempre uma surpresa incrivelmente agradável!

    Saiba que foi minha satisfação a ajudar com o design do blog! Já que havia me encantado com vossa escrita!

    Adorei que mencionou Osiris e Ísis! Eu amo a história deles... Realmente, buscar por mil pedaços de seu amado pode parecer mórbido. Mas há algo de incrivelmente belo nisto.

    Apesar de ler com muita atenção o post da senhorita, há algo nele que me impediu de completamente ser empático. Em mim, não existe muita incerteza. Talvez em alguma outra vida eu tenha pecado por exitar e nesta resolvi nascer demasiadamente impulsivo.

    Porém, possosimpatizar com o sentimento de que "valeu a pena tentar". Existe algo de muito claro em respirar os ares da coragem e erguer a cabeça acima do nível da água.

    Existe um ditado japonês que diz que "o prego que se destaca é martelado". Imagino bem o que pensava a pessoa que criou este ditado. Mas também posso ter uma interpretação pessoal dele.

    Se martela-se um prego, fixa-se uma peça. Se pudermos erguer a cabeça para fixar um todo, ser parte de algo mais amplo que nós, então cada valor de coragem valeu a pena!

    Desculpe o "post" em seu comentário, creio que queria retribuir com carinho e dedicação os comentários que a senhorita pôs nos meus blogs! =3

    Aguardo ansiosamente o próximo post, Sachiko!

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  3. Ello!

    Bem, antes de começar o comentário, parabéns. Não falhou em escolher uma música excelente. A letra dela é extremamente bem elaborada e a melodia é incomparavelmente bela. Está entre minhas favoritas do Legião Urbana. Feito o comentário inicial, vamos ao comentário!

    Nesses quase 21 anos de experiência que tenho, orgulho-me em dizer que nunca me arrependi. Já ouvi críticas em relação a isso, mas explicarei melhor. Quando digo que nunca me arrependi, não quero dizer que nunca errei. Mas que, mesmo errando, aprendi algo. E com isso, mesmo a pior das situações valeu de alguma coisa.

    "Legal!....
    ... e o que isso tem a ver com o post ?"

    Pode não parecer de cara, mas tem bastante a ver.
    A música em questão fala da casualidade da vida. Fala também das escolhas e de diferentes formas de viver.
    Do meu ponto de vista, acredito que é importante não ter medo de seguir em frente. Quando se faz uma escolha, é preciso acreditar nela. Se tiver isso, você não se arrependerá. Mesmo que suas escolhas levem a erros e decepções. Poderá olhar pra trás e dizer que tentou. E que depois de cada queda, aprendeu a se manter de pé. As escolhas envolvem benefícios e sacrifícios. E muitas vezes, sequer tomaremos consciência disso. Mas parar e ficar estagnado porque hesitamos definitivamente não é a solução. Então não vale a pena pensar no que ficou. No que poderia ter sido e não foi. Lembre-se do "Quase".

    "E como um anjo caído, fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira..."
    A segunda parte da música fala sobre as mentiras...
    Mentir. A palavra me causa repugnância. Eu acredito que a honestidade deveria sempre vir à frente das pessoas. Infelizmente, vivemos em um mundo de máscaras. Onde as pessoas tem medo de mostrar suas caras, porque vêem como são pequenas e insignificantes. E tem medo de serem ridicularizadas pelo que são. Eu não sou muito diferente. Também sou pequeno, perto da grandiosidade da vida. A diferença está justamente na forma de encarar o mundo. Eu não tenho medo do que as pessoas pensam de mim. Eu sou quem eu sou. E sempre serei. Acredito que o mundo seria mais simples, se as pessoas conseguissem admitir esse fato. De qualquer forma, com certa frequencia, a verdade dói. Talvez usar estas máscaras também seja uma forma de se proteger dessa dor. Mas por algum motivo, eu não consigo me esconder da realidade. Não consigo fingir que as coisas estão acontecendo com os outros e que estou aqui apenas de passagem.
    Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira. Se mentir para os outros é ruim, enganar-se seria o fundo do poço. Mas as pessoas erram. Aliás, não existe nada tão próprio do ser humano quanto errar. E errar é o melhor caminho para aprender, crescer e melhorar.

    Houve um tempo, há alguns anos, em que eu acreditava na Eternidade. Acreditava que as coisas poderiam resistir à passagem inexorável do tempo. Infelizmente, eu percebi que não era verdade. Tive de engolir minhas crenças e perceber que Tudo neste mundo é passageiro. "Mas então, se vai acabar, não vale a pena tentar!". Errado. As pessoas ficam tão obcecadas com o destino que não percebem que o mais importante é a viagem. Não existe nada eterno. Uma árvore dura algumas centenas de anos. Nós, humanos, 70 a 80 anos. Um cão, 10 anos... Uma mosca... alguns minutos.

    Mas não é isso o que realmente importa. Não é o quanto tempo durou. Pode ter durado uma vida inteira. Pode ter durado uma noite. O que realmente importa... é que tenha valido a pena.

    Bem, vou parar por aqui, porque o comentário vai ficar grande demais se eu me prolongar! Parabéns pela escolha e pelo post!

    (PS: Esse comentário tem MUITO de minhas impressões pessoais sobre a forma como vejo o mundo. De forma alguma tenho a pretensão de achar que essa é a verdade absoluta. Mas acho interessante mostrar o mundo às pessoas com novos olhos!)

    Beijos!

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  4. Aah, Legião. A-DO-RO!

    Sabe, eu tava pensando esses dias mesmo nessa frase "eu menti pra mim mesma"...
    Mentira é aquilo que a gente conta e que não é real ou é aquilo que a gente conta mas que gostaríamos que fosse real?

    Ou até mesmo, aquilo que um dia VAI ser real mas nos antecipamos e falamos antes de acontecer de verdade?

    Confuso né? Eu fico pensando no conceito de mentira... é estranho você saber o que é mentira em um mundo quando você percebe que TUDO que você acredita é uma idéia construída por algo/alguém há muito tempo atrás.

    Não estou dizendo para você continuar mentindo e se enganando...mas... tente acompanhar esse raciocínio. Pode parecer confuso, mas acaba se tornando válido em alguma medida, ainda mais se um dia essa mentira "se realiza". Era mentira ou não?

    Exemplo prático, você faz medicina. Se eu falar que você é médica, talvez eu esteja mentindo, uma vez que você não concluiu o curso ainda, mas para alguém de fora que te reconhece como Dra, não é.

    No fundo, é tudo uma questão de ponto de vista x]

    Eu sei que não tem muito sentido o que eu to falando, mas é que eu realmente acredito que para cada SIM que fazemos, damos um NÃO bem grande para outras n possibilidades. Cada escolha implica em deixar de lado inúmeras outras.
    É assim que se constrói a vida, e mais ainda, a história (sim, eu tinha que dizer algo com ela heheheheh). Já parou pra pensar que Isis fez uma escolha, talvez a mais "bonitinha", mas ela tinha outras escolhas? Não era uma situação em que OU se fazia uma coisa OU outra, mas havia ali várias combinações que formam uma síntese diferente.


    Eu não sei bem aonde quero chegar falando isso tudo, talvez não chegue a lugar nenhum, talvez até mesmo seja essa a idéia, porque afinal esses questionamentos jamais cessam, porque é que uma só resposta serviria para acalmar todas as nossas dúvidas existenciais? =P


    beijinhos oneechan!

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  5. "De nada adianta negar o que somos. Somos e ponto final."

    PERFECTO =D

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