domingo, 10 de janeiro de 2010

Cerejeira

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
Chico Xavier

Olá pessoas!!!

Feliz ano novo!!!
Certo, é dia 10/01 e eu ainda tenho a cara de pau de dar "Feliz ano novo"?!?!?!
Se serve de justificativa, tive muita coisa para fazer neste início de ano. Além de fechar uma revista (A VedaS! finalmente ficou pronta! Está uma graça!!!), resolvi que merecia uma folga para curtir minhas férias. E isso incluiu sair com os amigos e me divertir muito. ^^
[Só para constar... AluMus diretamente de Natal-RN]
Deixei o AluMus um pouquinho solitário, mas ele não morreu!!!

Volto aqui com uma música muito importante nesse início de ano para mim: Che.r.ry, YUI.
Ela voltará aqui no próximo post. Entretanto, iniciando o novo capítulo [No final do texto, vocês vão entender...]






À primeria vista, pode parecer que a música nada tem a ver com o texto. Mas, para quem enxerga além, talvez faça algum sentido. ^^
[Até a parte que não falo sobre capítulos.]
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Cerejeira

Era inverno. A cerejeira ainda estava seca, sem folhas, flores ou frutos. Apenas um resquício daquilo que fora outrora. Aquela cerejeira era forte, capaz de perfurar o solo inóspito atrás de água e nutrientes, capaz de crescer aos céus em busca das estrelas. Resistia as interpéries, resistia ao vento e ao tempo. E tentava sobreviver ao frio, ao imenso frio que ali fazia. Dezembro... A neve caia... A neve se acumulava ao redor de suas raízes.
De repente, o vento parou, a neve parou. Pouco a pouco, parecia que o mundo acordava a sua volta. O nevoeiro se dissipava e a cerejeira percebeu que, afinal, não estava sozinha. Nunca estivera, na verdade. Só tinha se perdido, incapaz de ouvi-las, as outras árvores, tão cheias de vida em meio ao gelo.
O sol foi reaparecendo aos poucos. No começo, gentil com a relva, com as florezinhas pequenas que nasciam. Tornou-se mais quente, derretendo a neve das raízes da cerejeira, reaquecendo seu cerne, seu coração e fazendo sentir-se melhor. Tornou-se brilhante.
E em meio àquela luz toda, a cerejeira sentiu-se bem. Era como se ela pudesse respirar novamente, livre, sem medos. Como se o mundo tivesse cores novamente, como se o calor do sol lhe trouxesse uma nova chance de vida. Então, sem aviso, sem mistério, a vida explodiu em seus galhos e ela floresceu.
----
Espera-se que deste contato com o sol, a cerejeira dê frutos. Mas isso, só o tempo, e o destino, poderá responder. O mais importante é que a cerejeira voltou a viver. Pois, "embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu". E ela estava morta, mas voltou a viver. Como um milagre.

END OF THIS CHAPTER.

3 comentários:

  1. Todo começo tem um fim, e todo fim imediatamente é também o início de uma nova fase, uma nova parte de nossas vidas.

    O momento em que percebemos que estivemos enganados é ao mesmo tempo triste (pois, bem, percebemos que estivemos enganados!) mas também feliz (porquê também percebemos que as coisas não são mais tão ruins quando achavamos que elas eram antes)..

    Em nossas vidas, passamos por vários momentos altos e baixos, mas o importante é termos bons amigos. Assim, mesmo quando nos sentirmos sozinhos, eles saberão que voce não está sozinha e estarão ao seu lado para te apoiar e segurar a sua mão... no momento em que voce estiver sozinha, solitária, e prestes a cair da fina ponte que é o caminho para frente, pode ter certeza que por mais sozinha que voce estiver, sempre terá algum par de amigos doidos junto com voce nessa ponte, prontos para segurar a sua mão e não te deixar cair! ^^

    Ah, e por favor, nada de cerejas por alguns anos, haaai?

    Beijos, e bom passeio em Natal, agora saia do quarto e aproveite a praia!!

    Beijos de Campinas, Guto

    (E, só pra constar, eu também ainda estou falando "Feliz Ano Novo" pras pessoas, tá? xD)

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  2. A-D-O-R-E-I!

    A frase do inicio, muito boa!! (ok, vc sabe que eu diria um palavrao agora)

    Bem, parece que o branco da neve muitas vezes pode representar algo parado, estatico, frio. Esse branco, para mim, pode ser mais uma folha de papel pra desenhar e depois pintar.
    E desenhando e desenhando, é possivel sobrepor um desenho ao outro e fazer um filme. Um filme cheio de cor, alegrias, coisas engraçadas.. que depois a gente compartilha com quem a gente ama. Nao necessariamente compartilhamos depois do filme feito, a gente pode compartilhar enquanto fazemos, pedindo opinioes de como a gente pode fazer a cena da borboletinha voando e da florzinha dançando para um lado e para o outro.

    Ao sobrepor os desenhos, parece que de um para o outro, nao há nenhuma modificaçao. Mas.. se nao tivesse aquela pequena modificaçao o movimento sairia completo. certamente, sairia com falhas, interrupçoes.. ou até nao sairia.

    E.. deixar de fazer um novo traçado, por mais que pareca o ja repetido anteriormente, é um pecado. Sem o novo traçado, nao há o novo movimento. O pecado nao está em tomar atitudes erradas, e sim deixar de tomar atitudes, viver, experimentar.

    "se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel/num instante imagino uma linda gaivota voar no ceu"

    É, muitas vezes é de um pinguinho de tinta que uma cena linda começa a surgir.

    Nunca pensei que poderia explicar o principio do stop motion de uma maneira tao profunda.

    Bem, Satie. Fala serio, eu viajei na maioneze, né! Ah,.. quem nao viaja!! Espero que seus dias em Natal sejam perfeitos!

    um beijo
    Ma

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  3. Oi Sa-chan!

    Eu adoro analogias levemente nipônicas e que incluam a natureza, haha! As forças da natureza realmente nos mostram a passagem do tempo, não é?

    O inverno é duro, gelado e as coisas parecem ser mais brancas que o normal, né... Mas como toda estação ele faz parte do ciclo. Assim como nenhuma felicidade é eterna, toda dor tem um fim. A gente pode aproveitar tudo! E pouco a pouco, gerando e encontrando felicidade onde não havia esperança.

    Força para nós dois, neste ano do Tigre que chega.

    - Lui

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