quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fireflies

"Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
Luís Fernando Veríssimo

Olá pessoas!
O post de junho carro da pamonha chegou!
Junho é um mês de festa junina. Mês de provas finais. De Copa do Mundo, neste ano. Mês de pouco sono, até o início das férias. Mês de ouvir música enquanto estudo, de estudar enquanto como e comer enquanto vejo youtube. Mês de invadir o FelizIdade, na última visita da minha turma. Mês de Simpósio. Mês de visitas da Liga e de início efetivo da Iniciação Científica. Mês de questionamentos. De reflexão. E de trabalho também. De noites mal dormidas, mas bem aproveitadas (ou não). Mês de abertura do cinema perto de casa. Mês de abrir espaço nos armários para reorganizar as gavetas. E (re)encontrar chaves.
Junho é o mês em que as coisas sairam do lugar, mas eu tenho esperança de que seja para que, em breve, elas se encaixem em lugares mais precisos, completos.

A música que embalou meus primeiros dias de junho foi a do post anterior, Kiseki, do GReeeeN.
Mas a música que toca diariamente no meu media player (mentira, é no Terra Letras mesmo) é Fireflies, do Owl City.



"I'd like to make myself believe
That planet earth turns slowly
It's hard to say that I'd rather stay awake when I'm asleep
Cause everything is never as it seems."

Nota: "Firefly" é como eu me auto-denomino em algumas ocasiões, as mais introspectivas. Também é o nome do meu notebook.
FAQ: Por que raios você escolheu "firefly"?
Answer: Porque os vagalumes dançam sob a luz do luar... E quando eu era criança, eu criava vagalumes. Eu acho incrível a bioluminescência...
_____________________________________

Firefly

Como muitos, ela passava a vida procurando a luz. Procurando viver em busca do seu melhor, da justiça, do amor ao próximo. Em busca da vida feliz; e parte da definição da felicidade para ela é não perturbar os outros, não dar trabalho.
Mas o que é a luz que ela persegue?
Não sabia responder; nunca soube. Mas sabia que era isso que ela queria. Brilhar. Ser reconhecida pela bondade para com o outro, para com quem precisasse. Ou não; bastava um auto-reconhecimento de ter feito a coisa certa.
Entretanto, ela sabia que não era assim. Ela erra, ela se engana... Ela... é humana. Já magoou sem querer, já odiou e já perdeu a paciência. Já chorou de estresse, já teve dores na consciência. Quantas vezes já não explodira antes, em tentativas falhas de auto-controle...? De fato, ainda não alcançara a almejada luz...
Vivia perseguindo seus ideais. Tentando alcançar o inatingível; a perfeição. O brilho cândido das estrelas era o seu alvo. Ora parecendo tão perto, ora além do limite. Mas uma coisa ela sabia: ela se esforçava e fazia sempre seu melhor. Ela queria merecer ser banhada ao luar...
O que a impressionava sempre eram aqueles olhos. Dois pontos brilhantes no meio a sua penumbra particular. Dois pontos de luz. E que, milagrosa e misteriosamente, olhavam para ela. Sempre. E ela sempre ficava sem entender, não fazia sentido uma luz como a que ela tanto procurava alcançar e merecer apontar-se assim, tão generosa, para sua direção.
Por vezes, ela fugiu desta luz; pois, de tão brilhante, chegava a ofuscar os olhos. Ficava cega, tonta e sem saber o que fazer. Perdida... entre a luz e a sombra. Quando se acostumava de novo com a claridade, ainda não se sentia digna. Não se sentia pronta para merecer tal luz sobre si.
Certa vez, quando tomou coragem, perguntou ao dono dos olhos o porquê de tanto brilho. Como conseguira? Como alcançou? E por que... por que direcionava tanta beleza sobre alguém tão pequeno? A resposta foi surpreendente. Aqueles olhos eram espelhos. Aquele brilho era seu.
Deste dia em diante, ela tomou consciência de que o brilho que emanava podia ser escuro para si mesma, mas para aquele que a via, ela era luz. Ela era alguém admirável. Ela havia alcançado seus objetivos... Quando vista pelos olhos dele, pois para ele, ela era perfeita - apesar de todas as imperfeições.

2 comentários:

  1. Ooooooooooooooi Sa-chan!

    Eu adoro "Fireflies" também! Tenho um CD no meu carro que chama "Fireflies" até, haha!

    Sei que a senhorita busca encontrar sua luz, sei que se sente apagada de vez em quando. Mas ainda a vejo em você - mesmo que diminuta, consigo vê-la com força para brilhar e se destacar nesse contexto tão negro. Não tivesse esse brilho, não existiriam estas palavras bonitas que a senhorita deixa aqui para nós.

    Continue brilhando! Mas como vagalume, não como estrela.

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  2. Muito legal essa música, Sá!! Nao conhecia!!

    Momento Gay do dia: Satie, brilhe sempre. Nada de estrela nem vagalume, brilhe como Gliter e Pururina com raio laser rosa pink!! aeiuhaeiuhaeiuhaeiuhae

    .. shine your light for the world to see, como diria Mos Def.

    um beijao no coraçao, Satie.
    Saudades.

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